1. Os magníficos 4Ps (Pais, Professores, Pediatras e Psicólogos)
Os 4Ps significam os "especialistas" que podem ser determinantes para o sucesso escolar do seu filho: os pais (a família) cujo papel assume particular relevância na criação de condições para o bom aproveitamento escolar; os professores pela sua intervenção como agentes de ensino e alargamento dos horizontes dos alunos; os pediatras porque podem aconselhar na promoção e protecção da saúde dos nossos filhos; e, finalmente, os psicólogos cuja acção pode ser decisiva para combater medos, ansiedades e outras formas de bloqueio a uma boa aprendizagem.
2. Palavra de ordem: motivação!
O cérebro funciona muito melhor quando gostamos daquilo que fazemos! O mesmo acontece nas aprendizagens: a atenção, a compreensão, o raciocínio e a memória são estimuladas pelas emoções positivas. É importante que o seu filho, seja qual for a sua idade, sinta prazer em andar na escola e ali aprender novas matérias, habilidades e competências. O ensino não deve imposto como uma obrigação mas como um direito, uma conquista do progresso da humanidade. Esta perspectiva opera, por vezes, verdadeiros milagres na atitude das crianças em relação ao papel da escola!
3. Mantenha o seu filho saudável!
Aprender bem e com prazer é mais fácil quando os nossos filhos estão de boa saúde. Todos os estados, orgânicos e psicológicos, que contribuam para a sensação de bem-estar aumentam em 50% a capacidade de aprender e a aquisição de novas habilidades como ler, escrever, calcular, etc. Aconselhe-se com o pediatra e tome medidas para que a retaguarda da vida de seu filho esteja protegida. Tenha especial atenção a doenças crónicas (asma, etc.), eventuais problemas cardiovasculares (50% das nossas crianças correm algum tipo de risco nesta matéria!) e hiperactividade. Mantenha as vacinas em dia e o controlo do stress (um dos grandes inimigos da saúde é o stress e muitas crianças são alvo de problemas orgânicos devido a esse factor).
4. Não descure na alimentação!
O cérebro consome 20 a 25% da energia fornecida pelos nutrientes que nos chegam através da alimentação. Isto significa que uma dieta saudável e equilibrada, baseada em refeições com menos sal, menos açúcar e menos gorduras saturadas, é indispensável para um cérebro que vai precisar de muito esforço. Na alimentação - que inclui a repartição equilibrada das horas de comer - reside mais de 30% dos factores que auxiliam nas novas aprendizagens e na retenção das antigas.
5. O sono trabalha para a memória!
Hoje sabe-se que uma boa noite de sono (de 8 a 10 horas) é condição indispensável para a fixação de novas memórias (novas aprendizagens). Noites mal dormidas reduzem drasticamente a capacidade de concentração e, como consequência, os nossos filhos sentem-se fatigados nas aulas, desatentos e desinteressados. Seja firme na fixação do horário para deitar.
6. Gerir o tempo de estudo!
As crianças passam cada vez mais tempo na escola e as aulas são longas, para além dos TPCs (trabalhos de casa) e outras actividades que vão aumentando em número e variedade à medida que o percurso escolar avança. Há crianças que não aprendem a ser organizadas e estudam sob stress provocado pela confusão de manuais, cadernos e trabalhos que têm de gerir sozinhos. Em casa, devem estudar por períodos de 10 a 20 minutos, seguidos de intervalos de 5 a 10 minutos para que o cérebro tenham tempo de assimilar toda a nova informação. Muitas das dificuldades de aprendizagem residem simplesmente na falta de organização.
7. Controlar a ansiedade!
Estes são 2 perigosos inimigos de quem está envolvido em aprender e ser sujeito regularmente a avaliações. O stress e a ansiedade podem paralizar completamente a capacidade de aprender e sobretudo de recordar conhecimentos já adquiridos. Ensine o seu filho a gerir o stress através da respiração, da meditação e de algum exercício físico que promova o relaxamento. Pode inscrevê-lo num centro de ioga para crianças, num grupo coral, num escola de teatro ou de dança. Peça também ajuda a um psicólogo se sentir que lhe pode ser útil (tenha em agenda o nome e os contactos de um psicólogo de referência tal como o faz com o pediatra).
8. Incentive mais o trabalho do que o talento!
Estudos recentes sugerem que a inteligência e o talento não constituem as chave do sucesso na vida e também na escola. Na maioria dos casos de gente famosa em várias áreas de actividade verificou-que é o trabalho árduo, a dedicação apaixonada e a chamada "aplicação deliberada" que conduzem ao êxito mais do que uma mente sobredotada, onde a inteligência e o talento se destacam. Assim, procure incutir no seu filho hábitos de trabalho e aplicação nos estudos, mais do que confiar na sua eventual mente brilhante e talentosa.
9. Não ignore a escola
Existe, muitas vezes, um grande divórcio entre os pais e os professores. Ora é necessário que os pais sigam atentamente a evolução académica e comportamental dos filhos na escola, o que obriga a que não faltem às reuniões regulares que os professores agendam. Se possível, faça parte também da Associação de Pais existente na escola e seja interventivo. O seu filho sentir-se-á mais apoiado se perceber que os pais estão "com ele" na escola e que estão ali para o ajudar e não para o "controlar" ou censurar.
10. Consulte o psicólogo
Mesmo que tudo pareça estar bem com o seu filho marque, pelo menos uma vez por ano, uma consulta com um especialista em psicologia para que este possa fazer uma avaliação geral e forneça-lhe um diagnóstico da saúde mental e emocional. Através dessa avaliação poderá descobrir aspectos interessantes e úteis para uma melhor compreensão do seu filho e receber dicas que ajudem à evolução da criança. Não é por acaso que os médicos pediatras sugerem, cada vez mais, uma avaliação psicológica geral às crianças mesmo que tudo pareça estar normal.
Nelson S. Lima
Instituto da Inteligência
Os 4Ps significam os "especialistas" que podem ser determinantes para o sucesso escolar do seu filho: os pais (a família) cujo papel assume particular relevância na criação de condições para o bom aproveitamento escolar; os professores pela sua intervenção como agentes de ensino e alargamento dos horizontes dos alunos; os pediatras porque podem aconselhar na promoção e protecção da saúde dos nossos filhos; e, finalmente, os psicólogos cuja acção pode ser decisiva para combater medos, ansiedades e outras formas de bloqueio a uma boa aprendizagem.
2. Palavra de ordem: motivação!
O cérebro funciona muito melhor quando gostamos daquilo que fazemos! O mesmo acontece nas aprendizagens: a atenção, a compreensão, o raciocínio e a memória são estimuladas pelas emoções positivas. É importante que o seu filho, seja qual for a sua idade, sinta prazer em andar na escola e ali aprender novas matérias, habilidades e competências. O ensino não deve imposto como uma obrigação mas como um direito, uma conquista do progresso da humanidade. Esta perspectiva opera, por vezes, verdadeiros milagres na atitude das crianças em relação ao papel da escola!
3. Mantenha o seu filho saudável!
Aprender bem e com prazer é mais fácil quando os nossos filhos estão de boa saúde. Todos os estados, orgânicos e psicológicos, que contribuam para a sensação de bem-estar aumentam em 50% a capacidade de aprender e a aquisição de novas habilidades como ler, escrever, calcular, etc. Aconselhe-se com o pediatra e tome medidas para que a retaguarda da vida de seu filho esteja protegida. Tenha especial atenção a doenças crónicas (asma, etc.), eventuais problemas cardiovasculares (50% das nossas crianças correm algum tipo de risco nesta matéria!) e hiperactividade. Mantenha as vacinas em dia e o controlo do stress (um dos grandes inimigos da saúde é o stress e muitas crianças são alvo de problemas orgânicos devido a esse factor).
4. Não descure na alimentação!
O cérebro consome 20 a 25% da energia fornecida pelos nutrientes que nos chegam através da alimentação. Isto significa que uma dieta saudável e equilibrada, baseada em refeições com menos sal, menos açúcar e menos gorduras saturadas, é indispensável para um cérebro que vai precisar de muito esforço. Na alimentação - que inclui a repartição equilibrada das horas de comer - reside mais de 30% dos factores que auxiliam nas novas aprendizagens e na retenção das antigas.
5. O sono trabalha para a memória!
Hoje sabe-se que uma boa noite de sono (de 8 a 10 horas) é condição indispensável para a fixação de novas memórias (novas aprendizagens). Noites mal dormidas reduzem drasticamente a capacidade de concentração e, como consequência, os nossos filhos sentem-se fatigados nas aulas, desatentos e desinteressados. Seja firme na fixação do horário para deitar.
6. Gerir o tempo de estudo!
As crianças passam cada vez mais tempo na escola e as aulas são longas, para além dos TPCs (trabalhos de casa) e outras actividades que vão aumentando em número e variedade à medida que o percurso escolar avança. Há crianças que não aprendem a ser organizadas e estudam sob stress provocado pela confusão de manuais, cadernos e trabalhos que têm de gerir sozinhos. Em casa, devem estudar por períodos de 10 a 20 minutos, seguidos de intervalos de 5 a 10 minutos para que o cérebro tenham tempo de assimilar toda a nova informação. Muitas das dificuldades de aprendizagem residem simplesmente na falta de organização.
7. Controlar a ansiedade!
Estes são 2 perigosos inimigos de quem está envolvido em aprender e ser sujeito regularmente a avaliações. O stress e a ansiedade podem paralizar completamente a capacidade de aprender e sobretudo de recordar conhecimentos já adquiridos. Ensine o seu filho a gerir o stress através da respiração, da meditação e de algum exercício físico que promova o relaxamento. Pode inscrevê-lo num centro de ioga para crianças, num grupo coral, num escola de teatro ou de dança. Peça também ajuda a um psicólogo se sentir que lhe pode ser útil (tenha em agenda o nome e os contactos de um psicólogo de referência tal como o faz com o pediatra).
8. Incentive mais o trabalho do que o talento!
Estudos recentes sugerem que a inteligência e o talento não constituem as chave do sucesso na vida e também na escola. Na maioria dos casos de gente famosa em várias áreas de actividade verificou-que é o trabalho árduo, a dedicação apaixonada e a chamada "aplicação deliberada" que conduzem ao êxito mais do que uma mente sobredotada, onde a inteligência e o talento se destacam. Assim, procure incutir no seu filho hábitos de trabalho e aplicação nos estudos, mais do que confiar na sua eventual mente brilhante e talentosa.
9. Não ignore a escola
Existe, muitas vezes, um grande divórcio entre os pais e os professores. Ora é necessário que os pais sigam atentamente a evolução académica e comportamental dos filhos na escola, o que obriga a que não faltem às reuniões regulares que os professores agendam. Se possível, faça parte também da Associação de Pais existente na escola e seja interventivo. O seu filho sentir-se-á mais apoiado se perceber que os pais estão "com ele" na escola e que estão ali para o ajudar e não para o "controlar" ou censurar.
10. Consulte o psicólogo
Mesmo que tudo pareça estar bem com o seu filho marque, pelo menos uma vez por ano, uma consulta com um especialista em psicologia para que este possa fazer uma avaliação geral e forneça-lhe um diagnóstico da saúde mental e emocional. Através dessa avaliação poderá descobrir aspectos interessantes e úteis para uma melhor compreensão do seu filho e receber dicas que ajudem à evolução da criança. Não é por acaso que os médicos pediatras sugerem, cada vez mais, uma avaliação psicológica geral às crianças mesmo que tudo pareça estar normal.
Nelson S. Lima
Instituto da Inteligência
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